Pela primeira vez, veterinários da SEAPDR celebram seu dia durante a Expointer

Aurélio comanda o serviço de inspeção de animais no desembarcadouro da Expointer há três anos - Foto: Fernando Dias
POR ELAINE PINTO

Eles estão presentes em todas as edições da Expointer, com um trabalho de bastidores que o público em geral não percebe. Mas, para fazer acontecer uma feira internacional deste porte, é preciso um grande time de médicos veterinários – 45 profissionais, para ser exato –, o que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) tem de sobra. Nesta quinta-feira (9), Dia do Médico Veterinário, foi a primeira vez que uma edição da Expointer coincidiu com a data comemorativa.

O fiscal estadual agropecuário e médico veterinário Aurélio Maia Vieira veio de Santana do Livramento especialmente para comandar a inspeção de animais durante a Expointer, um serviço que coordena há três anos. “Na realidade, a Expointer para nós começou no dia 29, quando chegamos. Na segunda, dia 30, já começou o trabalho das equipes na recepção dos animais que participam da feira”, relata.

Jonas, Aurélio e Douglas inspecionam um cavalo Paint Horse: o trabalho chama
Jonas, Aurélio e Douglas inspecionam um cavalo Paint Horse: o trabalho chama - Foto: Fernando Dias

Ele conta que, durante a Expointer, servidores da Secretaria trabalham no desembarcadouro de animais em quatro equipes de plantões, com cinco médicos veterinários e um técnico agrícola cada. “Além disso, temos toda uma equipe de desinfecção, que faz a limpeza dos pavilhões e das rampas, equipe de apoio... O total não é menos de 50 pessoas”, contabiliza.

O ineditismo de comemorar o Dia do Médico Veterinário enquanto trabalha em mais uma Expointer trouxe um fator de novidade para este veterano que há 15 anos participa da organização da feira. “Além de estar comemorando o dia do veterinário, estamos reunidos com todos os colegas aqui. Durante o ano às vezes a gente nem chega a conversar, porque cada um mora numa parte do Estado. Então é gratificante, porque estamos praticando nossa profissão no dia em que é para estar comemorando também”, conclui Aurélio. Ele encerra a entrevista para, junto com os colegas veterinários Jonas Coruja, da Regional Osório, e Douglas Oliveira, da Regional Ijuí, inspecionar um cavalo da raça Paint Horse. Afinal, o trabalho não para.

Veterinário como educador em saúde

Gisane e Felipe refletem sobre o papel educador do médico veterinário
Gisane e Felipe refletem sobre o papel educador do médico veterinário - Foto: Elaine Pinto

Um pouco longe do desembarcadouro dos animais, na casa do Departamento de Defesa Agropecuária da SEAPDR, próxima à pista de provas do cavalo árabe, os veterinários Felipe Lopes Campos e Gisane Lanes de Almeida se dedicam a uma vertente diferente e ainda pouco conhecida, pelo público em geral, da prática profissional dos médicos veterinários: a Educação Sanitária.

A Educação Sanitária em Defesa Agropecuária promove a disseminação e construção de conhecimentos entre os serviços veterinários, cadeia produtiva e sociedade em geral, sobre saúde animal, sanidade vegetal e qualidade dos produtos, subprodutos e insumos agropecuários.

"Na Expointer temos na Casa do DDA uma espécie de Central de Educação Sanitária, em que todas as ações se concentram aqui. Tivemos diversas reuniões dos programas sanitários e do grupo técnico de Educação Sanitária. Recebemos o serviço oficial de São Paulo, outros médicos veterinários que querem conhecer o Serviço Veterinário Oficial, então funciona como um ponto de divulgação. E a partir de sexta-feira (10), teremos um ponto de emissão de GTA também, para desconcentrar as atividades no prédio da administração central", enumera Felipe.

Lotado na Regional Estrela, Felipe atua na Expointer desde 2010 e reflete sobre a importância do seu trabalho e de seus colegas para a sociedade, principalmente na conquista do novo status sanitário do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação. “Trabalhar na Expointer é uma experiência diferente porque nos permite observar os colegas e compreender a magnitude da nossa profissão. Cada pedacinho dessa feira tem o nosso trabalho. É entender nossa causa de como levar à sociedade alimento de qualidade, saúde, educação. Pensar que fazemos parte disso é uma alegria que não tem tamanho”.

Gisane, da Regional de Santa Maria, está no Parque de Exposições Assis Brasil desde dia 29 e vem se desdobrando entre as atividades de Educação Sanitária na Casa do DDA e os plantões no desembarcadouro de animais. Ela classifica o trabalho no Serviço Veterinário Oficial como “algo maior, um grande amor”. “A satisfação de ver o resultado na sociedade, saber que estamos entregando um produto seguro, de qualidade, que estamos melhorando a saúde das pessoas e garantindo uma maior qualidade de vida como um todo, é o grande prêmio que a gente recebe no dia de hoje”, conclui, emocionada.

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